Os sons que me perturbam são músicas
sorridentes para os que me rodeiam.
Os estalos das coisas machucam minha
mente enquanto o outrem consegue viver.
As perguntas rotineiras que ouço
confundem minha boca e cortam minha língua.
Os abraços constantes seguidos do que
chamam de amor me ferem de altruísmo.
As palavras que serviriam pra me
consolar entram no meu mundo com ruídos diferentes.
Os desejos que grito são
perturbadores para os ouvidos distintos dos meus.
O meu mundo tem sentido próprio.
A vida deles tem um sentido
premeditado.
O meu universo tem cores invetadas
por mim.
O mundo deles tem ausência de cores.
O fim da história deles termina
quando escutam minha voz dizendo o que eles querem.
O fim da minha história acaba quando
ouço minha voz.
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